Prevenir o câncer de mama é uma prioridade, sendo o tipo mais comum e que mais mata as mulheres. O caminho para combater essa doença está na adoção de medidas preventivas. Estas incluem escolhas alimentares conscientes, como evitar gordura animal, alimentos processados e embutidos, incorporar atividade física regular, optar pela amamentação, e evitar o consumo de álcool.
Além disso, a detecção precoce desempenha um papel crucial na luta contra o câncer de mama. O uso de métodos de rastreamento, como a mamografia e a ecografia mamária, aumenta significativamente as chances de cura. Enquanto o autoexame é importante, é fundamental ressaltar que não substitui a importância dos exames de imagem.
O tratamento do câncer de mama é um processo abrangente, que inclui cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia, anticorpo monoclonal e radioterapia. Além disso, esse processo é integrado por profissionais de diversas áreas que formam a rede de apoio ao paciente. Ao discutir a indicação de cirurgia do câncer de mama, precisamos destacar que ela depende do estágio em que a doença foi detectada. A definição com relação ao procedimento mais indicado e o tipo de cirurgia que será realizada fica nas mãos do cirurgião oncológico e de sua equipe. Juntos, eles avaliam cuidadosamente as caracteristicas do tumor, como tamanho, local, tipo, marcadores moleculares, possíveis disseminações e quais as medidas de tratamento a serem adotadas em cada situação.
Cirurgia Conservadora da Mama. Esta abordagem visa remover apenas a porção da mama afetada pelo câncer, sendo adotada quando possível. A quantidade de tecido removido é determinada pela localização e tamanho do tumor, com o objetivo crucial de eliminar o câncer e uma margem de tecido ao redor, garantindo segurança e reduzindo o risco de metástase ou recidivas.
Mastectomia. Esse procedimento cirúrgico consiste na retirada total da mama, indicada para determinados tipos, tumores extensos ou com múltiplos focos. Pode envolver a reconstrução com implantes ou tecido de outras áreas do corpo. Realizada com o apoio de um cirurgião plástico, apresenta um resultado estético superior.
Na maioria dos casos, a remoção dos linfonodos axilares é necessária. Inicialmente, realiza-se a biópsia dos Linfonodos Sentinelas, retirando os primeiros linfonodos que recebem a drenagem linfática da zona mamária afetada pelo câncer. Nesta técnica, realiza-se a remoção seletiva de pelo menos 3 linfonodos axilares.
Dessa forma, determinamos o estadiamento cirúrgico da paciente e, se houver metástase para esses linfonodos, indica a necessidade de tratamento complementar. Essa abordagem evita a remoção de todos os linfonodos, reduzindo o risco de efeitos adversos da cirurgia extensa, como o linfedema (inchaço do braço em que foi feito procedimento).
Cirurgia reconstrutora da mama. Permite que as mulheres que foram submetidas a mastectomia para tratar o câncer de mama optem pela restauração da aparência da mama. Embora cada caso deva ser analisado individualmente, a maioria das pacientes que faz mastectomia pode fazer a reconstrução imediata ou tardia.
• Tumor em estágio inicial, porém em uma posição desfavorável ou em mamas muito pequenas.;
• Prevenção do desenvolvimento do câncer na segunda mama, pacientes de alto risco;
• Presença de tumor ou recorrência da doença após o tratamento com cirurgia conservadora;
• Dois ou mais tumores na mesma mama, que não podem ser removidos sem prejudicar a região;
• Câncer de mama inflamatório.
Na fase pré-cirúrgica. A realização dos exames recomendados e diálogos com a equipe médica são cruciais para esclarecimentos e preparação emocional. Organize sua casa para proporcionar um ambiente acolhedor no pós-operatório. Siga rigorosamente as orientações médicas quanto à dieta e ao uso de medicamentos. Adquira antecipadamente o material de curativo e os medicamentos indicados pelo médico.
Na fase pós-cirúrgica. Seguir as orientações do seu médico em relação ao curativo e medicamentos. Esta jornada contra a doença não é apenas física, mas também emocional, impactando significativamente a autoestima. A participação de uma equipe multidisciplinar torna-se vital, focando não apenas no tratamento clínico, mas também no suporte integral e personalizado a cada paciente, reconhecendo sua singularidade.